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“Mamã que sorte ter-te!”

Já ouvi algumas versões desta frase em muitas ocasiões.

Mas, mesmo assim, temo muitas vezes não ser a mãe que deveria ser!

Porque não os frustei as vezes que devia!

Porque expludi mais do que seria razoável!

Porque levantei a voz vezes demais!

Porque estava demasiado cansada e cheia dos meus próprios problemas!

E fica a culpa. O remorso! O massacre porque não fui capaz de me elevar e ser uma mãe que fez tudo certinho!

Certo dia, desesperada pelos erros que cometia, perguntei à minha terapeuta se havia mães que sabiam estar, sempre, à altura dos desafios da maternidade.

Juro que acreditava que esses seres existiam.

Ela olhou para mim, sorriu e disse:

“Não! Esses seres não existem! Não estamos nesse patamar evolutivo. Todas nós cometemos erros. Todas, de uma forma ou de outra, “traumatizamos” os nossos filhos!”

Juro que senti alívio. Mas foi momentâneo. Ok ficou a consciência que não somos mães perfeitas mas ficou em mim a sensação de que eu devo errar mais do que as outras.

Tenho um elevado nível de falta de compaixão para comigo! Arranjo, sempre, maneira de desculpar os outros. Mas quando se trata de mim, sou uma tirana e não me perdoou com facilidade. Leva tempo… muito tempo.

Hoje, no Dia da Mãe, a minha filha vai para a sua casa nova.

Haveria algum dia mais simbólico do que este?!

Adoro as sincronicidades da vida!

Os sinais que me dá para que veja que está tudo certo!

Os sinais que me dá para que eu confie e siga andando. Procurando novos caminhos, novos motivos de interesse. Nasci para ser Mãe e abdicar desta fatia da minha vida vai ser muito desafiante.

Agora sou mais mulher que mãe! Na verdade, nunca fui mulher sem ser Mãe. Não me recordo disso.

Quanto mais cresço enquanto Mãe (isto significa quanto mais erro e aprendo), mais valor dou à minha!

É a ela que recorro quando me sinto perdida.

Reconheço-lhe sabedoria.

Ultimamente penso que a vida é breve e que um dia, vou querer pegar no telefone e vou querer ouvir a sua voz, os seus conselhos, as suas histórias e ela não estará lá!

E isso dói! E fico, sempre, com lágrimas nos olhos quando penso nisso.

Mas isso não me entristece. Faz-me ficar feliz porque ela está cá! Está forte e cheia de saúde! Está cheia de vivacidade!

Por isso digo “Mamã que sorte ter-te!” e hoje vou abraçar-te e dizer o quanto te amo.

Hoje  hoje é o dia dela!

Sim, também, é o meu mas é mais dela, entendes?

Enquanto ela cá estiver, é o dia da Minha Mãe!

E que sorte eu tenho…

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